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Olá! Seja bem-vindo(a) a meu blog. Meu nome é Luciano Engelmann Morais, sou cirurgião bucomaxilofacial, e hoje vamos falar sobre a apnéia obstrutiva do sono e como a cirurgia ortognática minimamente invasiva pode ser uma forma eficaz de tratamento para essa condição.

A apnéia obstrutiva do sono é uma doença que afeta aproximadamente 50 milhões de pessoas no Brasil. No entanto, apenas 10% dessas pessoas recebem o diagnóstico correto dessa alteração do sono[1]

Devido às suas características, a apnéia do sono pode aumentar o risco de depressão, problemas cardíacos, doenças respiratórias, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.

É de extrema importância que você saiba se tem apnéia do sono ou se está em risco de desenvolvê-la. Além dos tratamentos conservadores, como uso de aparelhos, redução de peso e terapias comportamentais, a cirurgia ortognática é uma forma de tratamento definitivo com alto índice de cura para a apnéia obstrutiva do sono.

Abordaremos em detalhes o que é a apnéia obstrutiva do sono, como é feito o diagnóstico, os tratamentos conservadores disponíveis e como a cirurgia ortognática pode ajudar no tratamento da apneia do sono.

Além disso, falaremos sobre os benefícios da cirurgia ortognática, a recuperação rápida por meio de uma abordagem minimamente invasiva e responderemos a perguntas frequentes sobre o assunto.

O que é Apnéia Obstrutiva do Sono?

A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma condição em que ocorrem pausas na respiração durante o sono, devido ao bloqueio parcial ou completo das vias aéreas superiores (veja a imagem abaixo). Essas pausas podem durar de alguns segundos a minutos e ocorrem repetidamente durante a noite. Esse bloqueio impede o fluxo normal de ar, o que pode levar a sintomas como ronco, sonolência diurna, dificuldade para dormir e problemas de saúde mais graves a longo prazo.

Comparativo entre respiração normal (imagem a esquerda) e a apnéia obstrutiva do sono (imagem a direita).

 

Essas obstruções podem causar uma série de sintomas.

Os sintomas mais comuns da SAOS incluem:

  1. Ronco alto e frequente: O ronco é um som produzido devido ao estreitamento das vias aéreas superiores durante o sono. Na SAOS, o ronco tende a ser mais alto e pode ocorrer de forma frequente;
  2. Pausas respiratórias durante o sono: As obstruções nas vias aéreas podem causar interrupções temporárias na respiração durante o sono, resultando em pausas respiratórias;
  3. Sonolência diurna excessiva: Devido às interrupções frequentes do sono durante a noite, os pacientes com SAOS podem sentir sonolência intensa durante o dia, o que pode afetar negativamente sua capacidade de se manter alerta e concentrado;
  4. Dificuldade de concentração: A falta de sono de qualidade devido à SAOS pode levar a dificuldades de concentração e desempenho cognitivo prejudicado;
  5. Irritabilidade: A privação do sono e os distúrbios respiratórios podem levar à irritabilidade e mudanças de humor;
  6. Dor de cabeça matinal: Algumas pessoas com SAOS podem acordar com dor de cabeça pela manhã devido à diminuição do fluxo de oxigênio durante o sono;
  7. Boca seca ou dor de garganta ao acordar: A respiração pela boca durante o sono, que pode ocorrer na SAOS, pode levar à sensação de boca seca ou dor de garganta ao acordar;
  8. Dificuldade para dormir: Embora possa parecer contraditório, pessoas com SAOS podem ter dificuldade em iniciar o sono ou podem acordar com frequência durante a noite.

Além dos sintomas mencionados, é importante destacar que a SAOS também está associada a um maior risco de desenvolver outras condições médicas, como hipertensão arterial (pressão alta) , doenças cardiovasculares (problemas do coração como infarto e derrame) e diabetes tipo 2 [1]. No entanto, é importante lembrar que nem todos os pacientes com SAOS apresentam todos esses sintomas e a gravidade dos sintomas pode variar de acordo com cada caso.

Diagnóstico da Apnéia Obstrutiva do Sono

O diagnóstico da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é realizado por meio de uma avaliação clínica detalhada, que inclui a história médica do paciente e um exame físico completo.

Durante a avaliação clínica, o médico irá perguntar sobre os sintomas que você está enfrentando, como ronco, sonolência diurna excessiva e pausas respiratórias durante o sono. Também será importante discutir seus hábitos de sono e qualquer fator de risco que possa contribuir para a SAOS, como obesidade ou tabagismo.

Para diagnosticar a apneia obstrutiva do sono, além de realizar exames clínicos, é importante observar os sintomas relatados pelo paciente. Alguns dos principais sintomas da apneia do sono incluem sonolência durante o dia, dificuldade em se manter acordado durante atividades diárias, como dirigir, realizar tarefas em casa, assistir televisão ou ler um livro.[2]

Outros sinais de alerta são o aumento da circunferência cervical em relação ao abdômen e a respiração predominante pela boca, em vez do nariz. Pacientes com apneia obstrutiva do sono também podem apresentar um esqueleto facial com mandíbula mais curta e retruída.

Após a avaliação clínica, são realizados testes específicos para avaliar a qualidade do sono e a presença de apneias e hipopneias durante o sono. Os testes mais comuns incluem:

  1. Polissonografia (PSG): A PSG é considerada o padrão-ouro para o diagnóstico da SAOS [1]. Esse teste envolve a monitorização de diversas variáveis fisiológicas durante o sono, como atividade cerebral, movimentos dos olhos, respiração, batimentos cardíacos e oxigenação sanguínea. Geralmente, a PSG é realizada durante uma noite de sono em um laboratório do sono, onde você será conectado a sensores que registram essas variáveis.
  2. Monitoramento portátil do sono (MPS): O MPS é uma alternativa mais simples e menos invasiva à PSG. Ele pode ser realizado em casa ou em um ambiente hospitalar. Durante o MPS, você irá usar dispositivos portáteis que registram informações sobre a qualidade do sono e a presença de apneias e hipopneias. Esses dispositivos podem incluir um oxímetro de pulso para medir a oxigenação sanguínea, sensores de movimento e microfones para detectar ronco.

Tratamentos Conservadores

Existem diversos tratamentos conservadores que podem ser adotados para o controle da apneia obstrutiva do sono, antes de considerar uma abordagem cirúrgica. Alguns desses tratamentos incluem o uso de aparelhos, redução de peso e terapias comportamentais.[3]

1. Uso de aparelhos

O uso de aparelhos, como o CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), é uma opção comumente utilizada no tratamento da apnéia obstrutiva do sono. Esses aparelhos ajudam a manter as vias aéreas desobstruídas durante o sono, fornecendo um fluxo constante de ar por meio de uma máscara.

Entretanto, uma parte dos pacientes tem grandes dificuldades em adaptar-se a este forma de terapia para a SAOS, abandonando o uso após alguns meses.

Aparelho para tratamento do Apnéia Obstrutiva do Sono. CPAP
Aparelho (CPAP) para tratamento do Apnéia Obstrutiva do Sono.

2.Redução de peso

A obesidade é um fator de risco significativo para a apnéia obstrutiva do sono. Portanto, a redução de peso pode ajudar a melhorar os sintomas e reduzir a gravidade da condição. Mudanças no estilo de vida, como uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, podem ser recomendadas nesses casos.

A apnéia obstrutiva do sono pode ser agravada pelo excesso de peso corporal
A apnéia obstrutiva do sono pode ser agravada pelo excesso de peso corporal

3.Tratamentos comportamentais

Além disso, terapias comportamentais também podem ser úteis no tratamento da apneia do sono. Essas terapias incluem a adoção de uma posição adequada para dormir, evitando o consumo de álcool e sedativos antes de dormir, bem como a manutenção de uma rotina de sono regular.

Tratamento com Cirurgia Ortognática

1. O que é a cirurgia ortognática? 

A cirurgia ortognática é um procedimento cirúrgico que visa corrigir alterações na estrutura facial e esquelética, incluindo o posicionamento do maxilar e da mandíbula. Essa cirurgia pode ser utilizada como um tratamento definitivo para a apnéia obstrutiva do sono em pacientes que não obtiveram sucesso com os tratamentos conservadores.

2. Como a cirurgia ortognática pode ajudar na apneia do sono?

A cirurgia ortognática para o tratamento da apneia obstrutiva do sono envolve o avanço do esqueleto facial, tanto do maxilar quanto da mandíbula, para a frente. Esse avanço aumenta a largura do espaço de passagem de ar na parte de trás da língua, permitindo que o paciente respire melhor durante o sono, independentemente da posição do corpo. Com o aumento desse espaço, o ronco e a obstrução das vias aéreas, características da apneia obstrutiva do sono, são reduzidos ou eliminados. [5,6]

Pacientes submetidos à cirurgia ortognática relatam melhorias significativas na qualidade do sono e no desaparecimento dos sintomas relacionados à apneia do sono, como o ronco e a sonolência diurna.

3. Benefícios da cirurgia ortognática

A cirurgia ortognática oferece diversos benefícios no tratamento da apnéia obstrutiva do sono. Além de melhorar a qualidade do sono e eliminar os sintomas associados à apnéia, ela também pode aliviar o bruxismo, o apertamento dos dentes durante o sono, e as dores nas articulações relacionadas.[5]

Além disso, a cirurgia ortognática contribui para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, que passam a acordar mais descansados e têm mais energia durante o dia.[6]

 

4. Cirurgia Ortognática Minimamente Invasiva

Graças aos avanços tecnológicos e às técnicas modernas, hoje é possível realizar a cirurgia ortognática de forma minimamente invasiva. Essa abordagem utiliza técnicas mais gentis com os tecidos da face, resultando em uma recuperação mais rápida e com menor formação de edema.

Essa técnica é especialmente vantajosa para pacientes adultos, permitindo que eles se beneficiem do tratamento cirúrgico específico para a apnéia obstrutiva do sono, independentemente da faixa etária.

Conclusão

A apnéia obstrutiva do sono é uma condição que pode afetar significativamente a qualidade de vida das pessoas. Felizmente, existem várias opções de tratamento disponíveis, desde abordagens conservadoras até a cirurgia ortognática. A cirurgia ortognática tem se mostrado eficaz no tratamento da apnéia obstrutiva do sono, proporcionando melhorias significativas na qualidade do sono, eliminação do ronco e redução dos sintomas associados.

Com avanços recentes, a cirurgia ortognática pode ser realizada de forma minimamente invasiva, oferecendo uma recuperação mais rápida e maior conforto para os pacientes.

Se você apresenta sintomas de apnéia do sono ou acredita estar em risco, é importante consultar um cirurgião bucomaxilofacial especializado para uma avaliação adequada.

Eles poderão fornecer informações mais detalhadas sobre o diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis, incluindo a cirurgia ortognática.

Agende sua consulta com nossa equipe!

https://bit.ly/agendarConsultaCirOrtognaticaMI_DrLuciano

Assista o vídeo abaixo e espero que este artigo tenha sido informativo e útil para você. Se você tiver alguma dúvida ou quiser saber mais informações, fique à vontade para perguntar!

Perguntas Frequentes (FAQs)

1. Quais são os principais sintomas da apneia obstrutiva do sono?

Os principais sintomas da apneia obstrutiva do sono incluem ronco alto e frequente, pausas na respiração durante o sono, sonolência diurna excessiva, cansaço ao acordar, dificuldade de concentração, irritabilidade, alterações de humor e dores de cabeça pela manhã.

Sonolência excessiva causada pela apnéia do sono
A sonolância causada pela apnéia pode prejudicar atividades habituais como assisitir TV.

2. Quais são os tratamentos conservadores para a apnéia obstrutiva do sono?

Os tratamentos conservadores para a apnéia obstrutiva do sono incluem o uso de aparelhos como o CPAP, redução de peso, mudanças no estilo de vida, como evitar o consumo de álcool e sedativos antes de dormir, e terapias comportamentais.

3. A cirurgia ortognática é uma opção viável para todos os pacientes com apnéia obstrutiva do sono?

A cirurgia ortognática é uma opção viável para pacientes que não obtiveram sucesso com os tratamentos conservadores e que apresentam alterações estruturais na face e nas vias aéreas superiores que contribuem para a apneia obstrutiva do sono. É importante passar por uma avaliação adequada por um cirurgião bucomaxilofacial especializado para determinar a viabilidade da cirurgia.[6]

4. Quais são os benefícios da cirurgia ortognática minimamente invasiva, além do tratamento da apnéia obstrutiva do sono?

Além de tratar a apnéia obstrutiva do sono, a cirurgia ortognática também pode melhorar a estética facial, corrigir problemas de oclusão dentária, aliviar o bruxismo e dores nas articulações temporomandibulares, além de melhorar a qualidade de vida geral do paciente.

A apnéia obstrutiva do sono pode prejudicar ao cônjuge que não consegue dormir
A apnéia obstrutiva do sono pode prejudicar ao cônjuge que não consegue dormir

5.Existe algum risco associado à cirurgia ortognática?

Como em qualquer procedimento cirúrgico, a cirurgia ortognática pode apresentar alguns riscos, como sangramento, infecção, problemas de cicatrização, dormência temporária ou permanente, entre outros. No entanto, esses riscos são geralmente baixos e podem ser discutidos em detalhes com o cirurgião bucomaxilofacial durante a consulta pré-operatória.

6. Qual a diferença da Cirurgia Ortognática convencional e a Minimamente Invasiva?

As diferenças entre as aboradagens incluem o uso de menores incisões para realizar os procedimentos, o menor tempo de recuperação pós-operatória (com um protocolo chamado Fast Recovery) e maior preservação dos movimentos musculares do rosto e da musculatura mastigatória. Os pacientes que passam pela abordagem minimamente invasiva referem que a experiência de tratamento é muito mais confortável do que previam.

Aspecto pré e pós-operatório de 6 dias de uma cirurgia ortognática minimamente invasiva em paciente com Apnéia do Sono
Aspecto pré e pós-operatório de 6 dias de uma cirurgia ortognática minimamente invasiva em paciente com Apnéia do Sono

Conheça alguns casos de sucesso de tratamento da SAOS com Ortognática Minimamente Invasiva:

 

SAOS em paciente na faixa de idade de 30 anos

SAOS em paciente na faixa de idade de 40 anos

SAOS em paciente na faixa de idade de 50 anos

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Saiba mais sobre Cirurgia Ortognática Minimamente Invasiva no artigo abaixo:

https://lucianobucobrasil.com.br/12-dicas-sobre-cirurgia-ortognatica-minimamente-invasiva/

Referências do texto:

1.Benjafield AV, Ayas NT, Eastwood PR, Heinzer R, Ip MSM, Morrell MJ, et al. Estimation of the global prevalence and burden of obstructive sleep apnoea: a literature-based analysis. The Lancet Respiratory Medicine. 1o de agosto de 2019;7(8):687–98.

2. Obstructive sleep apnea – Diagnosis and treatment – Mayo Clinic

https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/obstructive-sleep-apnea/diagnosis-treatment/drc-20352095

3. Diretrizes da Associação Brasileira de Medicina do Sono (Apnéia do Sono no Adulto)

https://abmsono.org/diretrizes/

https://abmsono.org/wp-content/uploads/2021/09/apneiaadulto.pdf

4. Duarte R, Togeiro S, Palombini L, Rizzatti F, Fagondes S, Magalhães-da-Silveiraa F, et al. Consenso em Distúrbios Respiratórios do Sono da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. J Bras Pneumol. T{ } – Brazilian Thoracic Association Consensus on Sleep-disordered Breathing de 2022;48:e20220106–e20220106.
5. Giralt-Hernando M, Valls-Ontañón A, Guijarro-Martínez R, Masià-Gridilla J, Hernández-Alfaro F. Impact of surgical maxillomandibular advancement upon pharyngeal airway volume and the apnoea-hypopnoea index in the treatment of obstructive sleep apnoea:  systematic review and meta-analysis. BMJ Open Respir Res. 2019;6(1):e000402.
6. Valls-Ontañón A, Giralt-Hernando M, Zamora-Almeida G, Anitua E, Mazarro-Campos A, Hernández-Alfaro F. Does orthognathic surgery have an incidentally beneficial effect on mild or asymptomatic sleep apnoea? Int J Oral Maxillofac Surg. 19 de maio de 2023;S0901-5027(23)00103-0. doi: 10.1016/j.ijom.2023.04.004 
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Luciano Engelmann Morais é Cirurgião Dentista, Especialista, Mestre e Doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial e responsável pelos sites Lucianobuco.com, Lucianobuco.com.br, pelo PodcastBuco, e pelo Blog Lucianobucobrasil.com.br e Coordenador do Maxillofacial Team Porto Alegre. Atuando desde 1999 com Cirurgia Bucal e Maxilofacial, seu expertise inclui: Cirurgia Ortognática Minimamente Invasiva; Cirurgia de Remodelação Estética Facial com Implantes; Reabilitação com Implantes Dentais; Tratamento de Desordens de ATM/Bruxismo; Cirurgia Dento-alveolar avançada. CV Resumido: Membro da IAOMS (International Association of Oral and Maxillofacial Surgeons; Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF); Membro Titular da Equipe de Implantologia da Associação Internacional de Pesquisa Óssea (IBRA); Alumni AO-ASIF (Associação para o Estudo da Osteossíntese); Clínica Privada em CTBMF – Porto Alegre-RS desde 1999; Cirurgião com atuação em hospitais de Porto Alegre: Hospital Moinhos de Vento, Blanc Medplex e Ernesto Dornelles. O Dr. Luciano tem especial interesse e experiência em Cirurgia Minimamente Invasiva nas seguintes áreas: Cirurgia Ortognática desde 1999 e Abordagem Minimamente Invasiva em Ortognática desde 2019; Enxertos ósseos bucomaxilofaciais utilizando Leuco Platelet Aggregate (LPRF) desde 2019; Cirurgia de reabilitação de arcadas atróficas (edêntulas) na abordagem ALL On four (sem enxertos ósseos) desde 2018; Cirurgias com Osteotomia Piezoelétrica ou Ultrassônica desde 2003; Cirurgias guiadas de implantes dentários desde 2008.