Sobre cirurgia ortognática, uma das áreas de atuação do cirurgião Buco-maxilo-facial.
A cirurgia ortognática ainda é pouco conhecida entre a população brasileira, mas existe justamente para corrigir deformidades ósseas no rosto. As imperfeições podem ser congênitas ou surgir com o tempo. O relato de alguns pacientes ilustra uma ponderação sempre reforçada pelos profissionais que a realizam: a mazela não interfere apenas na questão estética, mas na funcionalidade dos sistemas respiratório e digestivo. Problemas oftalmológicos e nos ouvidos também podem ocorrer devido a essas alterações. O procedimento cirúrgico permite a correção de deformidades dento-faciais, como retrognatismo, prognatismo, hipocrescimento da maxila e sorriso gengival; de assimetrias na face; da perda da capacidade ortodôntica; de defeitos inatos; e de outros transtornos, que podem ser resultado de traumas envolvendo a região.
Na maioria dos casos, principalmente nas cirurgias dento-faciais, a intervenção é feita pela boca, sem cortes externos. Os ossos são seccionados, para que o cirurgião avance ou retraia a região da arcada que promove a deformidade. Placas e parafusos de titânio são usados para fixar o tecido ósseo novamente. A apnéia do sono é um problema que pode interferir seriamente na saúde do paciente. A cirurgia é indispensável em casos graves, pois o ronco é apenas um dos sintomas. É fundamental um estudo detalhado, para saber se o que está provocando o problema tem indicação cirúrgica. A cirurgia ortognática traz, no mínimo, três benefícios: melhora a via aérea, a oclusão e a harmonia facial.
Os exames radiológicos e tomográficos são essenciais tanto para a confirmação da necessidade do procedimento quanto para que o cirurgião programe a cirurgia milimetricamente. Por envolver a região do nariz e da boca, a anestesia é geral. O procedimento dura no mínimo duas horas e o pós-operatório tem restrição de alimentos sólidos nos primeiros 15 dias. Atividades físicas ficam proibidas por um mês.
Riscos
A cirurgia ortognática deve ser realizada somente por Cirurgiões-dentistas Bucomaxilofaciais.
Todos os casos necessitam uma avaliação odontológica inicial, para detectar problemas de projeção da mandíbula ou maxila (ou ambos), já que os casos também demandam tratamento ortodôntico. Mordida cruzada sendo detectada em tempo pode não ser tratada apenas com aparelhos, por ocorrer também uma assimetria nos ossos da face.
Como consequência, a articulação temporomandibular (ATM) pode estar desgastada, causando dores de cabeça.
No passado, a cirurgia ortognática era feita com fios de titânio, o que deixava a correção sensível, por conta da possibilidade de mobilidade do material.
Hoje, as placas fixam muito melhor. Em crianças que necessitam da intervenção, o material é absorvível, para não atrapalhar o desenvolvimento”. Segundo ele, quanto mais a cirurgia for postergada, mais danos agregados podem surgir na vida do paciente. Dificuldades respiratórias, rinites e sinusites de repetição, dores na articulação temporomandibular (ATM), disfunção mastigatória e na deglutição, má oclusão dentária, apnéia do sono e voz anasalada são alguns deles.
Acidentes esportivos, desastres de carro e de moto também levam muitos pacientes a necessitar da cirurgia ortognática.
Cada caso necessita avaliação especializada, e o cirurgião Buco-Maxilo-Facial pode contribuir para uma melhora significativa na saúde com esta técnica.
Saiba mais cadastrando seu e-mail em: http://lucianobuco.com.br/ortognatica2